Adolescentes - entenda mais sobre esta fase.



ADOLESCENTES
           A adolescência é marcada pelos conflitos internos que o ser humano ainda não sabe confrontar e, por isso, vai precisar de muito apoio. Geralmente contamos a adolescência dos 14 aos 18 anos. Mas 18 anos ainda não é uma idade madura. O ser humano atinge a maturidade entre 22 e 30 anos, dependendo da educação que tiveram e do apoio que receberam dos pais.

   A adolescência é a fase em que o respeito e a confiança vão falar ainda mais alto. Em primeiro lugar, para um bom relacionamento com os filhos adolescentes, os pais devem deixar de ser exatamente mãe e pai para ser um pouco mais como amigos. Sim, amigos dos filhos, mas sem se igualar, pois continuam sendo pais e isto precisa ser lembrado de vez em quando. Não é usando a força e o poder que vamos conquistar a confiança dos adolescentes, mas sim lhes dando o respeito e a consideração que lhes são devidos. Se desde pequenos os pais ensinaram limites e horários e os filhos não foram deixados na rua ou na vizinha e se lhes foi dada a devida atenção, então esta fase passará mais facilmente. Mesmo que não tenha sido desta forma, nunca é tarde para começar a restaurar os relacionamentos.



 O relacionamento entre o adulto e o adolescente só vai mudar se houver mudança do adulto. O adulto é maduro o suficiente para acabar com o ‘jogo de poder’ que só serve para piorar as contendas. O adolescente ainda não é maduro e não vai saber ceder porque está ainda se firmando como ser humano. Ele se sente ferido e injustiçado quando não entendemos o que acontece com ele. Mas com a mudança vinda de quem tem a autoridade, o adolescente vai se sentir respeitado e vai gostar de uma reviravolta na situação para recobrar a paz. Quando o adulto busca em DEUS o bálsamo para a sua cura interior e se deixa transformar por Ele, o adolescente percebe a mudança e a acompanha, é simples assim! Quando o jovem, seja menino ou menina, não se sente bem em casa por que as cobranças são exageradas e mal colocadas, ele não vai querer ficar muito tempo em casa e com razão: nós mesmos não gostamos de ficar onde há pessoas que nos criticam, que falam mal dos outros, que fofocam ou que não tem nada de útil e instrutivo para fazer. Precisamos compreender que o adolescente está descobrindo o mundo e precisa de tempo para isso. O que é melhor para os nossos filhos? Que eles descubram a vida conosco em casa ou então na rua com sabe se lá que companhias? Precisamos escolher. Não é porque o adolescente já cresceu fisicamente que ele pode ser responsável pela própria vida, por uma casa, por cuidar de irmãos ou ter uma vida adulta. Se os pais precisarem dos filhos, devem aprender a colocar a situação, sem impor, sem obrigar, mas mostrando que precisam de sua ajuda e que não tem naquele momento a quem recorrer.



 Querer saber onde os filhos estão não é uma questão de controle, é uma questão de preocupação. E nesta hora a pior coisa a fazer é se impor. Coisas do tipo: “você tem que estar aqui a tal hora porque eu estou mandando!” só vai gerar conflitos. Brigar com eles quando voltarem porque passaram da hora só vai fazer com que eles queiram se afastar cada vez mais e estar fora de casa. O adolescente que não se sente bem e não se sente amado em casa, vai procurar sossego e carinho em outro lugar. E este lugar pode não ser exatamente na casa da vizinha que gostamos e confiamos ou na casa da vovó. Pode ser justamente no meio daqueles que se fazem passar por amigos para destruir a vida dos nossos adolescentes. Drogas, homossexualismo, prostituição, fumo, alcoolismo... NÃO! Não é isso que queremos para eles! Então o lar precisa ser um ambiente de amor e carinho, qualquer que seja a idade dos filhos. Se mesmo nós quando adultos precisamos de um ombro amigo, quem dirá um adolescente que pensa que sabe tudo, mas que na verdade ainda não sabe grande coisa da vida. Então antes de descarregar as preocupações e medos em cima dos filhos, os pais devem mudar o próprio comportamento. Bons relacionamentos se conquistam com bons sentimentos. Nós precisamos conversar com os filhos e dizer a eles claramente o quanto nós os amamos e que queremos mudar o relacionamento que temos com eles, se não for um bom relacionamento. É muito melhor sermos amigos, pois já passou a fase “mamãe e filhinho”. É claro que ainda precisam de orientação, mas vão aceitar muito melhor se esta orientação não for imposta. Como os adultos agem com o filho do vizinho? Ou com os sobrinhos? Não é diferente? Então os pais devem ser diferentes com os filhos também. Não devemos impor a nossa maneira de agir, mas sim, permitir que eles elaborem as suas próprias diretrizes com o nosso apoio e voto de confiança.

 Este assunto pode ser apresentado em uma reunião de pais e professores e conversado, para não chegar ao ponto de um lado criticar o outro. Pais e professores precisam se unir e trabalhar juntos, pois ambos são responsáveis pelo tempo que passam ao lado dos adolescentes. É a vida dos adolescentes que está em jogo. Temos que cuidar deles para que se tornem adultos felizes e confiantes.

 Não podemos ignorar os adolescentes e achar que eles são apenas rebeldes sem causa: se existe rebelião, existe uma causa. Um adolescente se sente inferiorizado e às vezes sente vergonha de não saber do assunto que está sendo tratado, porque ele está na fase de autoafirmação e precisa se sentir importante frente aos outros. O adolescente se convence que sabe mais que os adultos pela sua simples percepção da vida. Como ainda não teve que se responsabilizar pela própria vida e sempre teve tudo o que precisava então a vida parece muito simples ao jovem, porque ainda tudo ele tem nas mãos. Mas conforme o tempo vai passando, ele vai aprendendo que ele precisa se esforçar para achar seu próprio caminho: ele vai amadurecendo e aprendendo a dar valor às coisas.

 Os pais precisam, sim, orar todos os dias e todas as noites para que DEUS transforme os corações, mas principalmente o coração dos pais e não só o dos filhos, para que DEUS lhes ensine a lidar com esta fase em que os pais deixam de ser importantes para os filhos que preferem se preocupar com seus amigos e amigas. Isto é absolutamente normal, estão construindo o seu ‘social’. Então para conquistar os adolescentes, os adultos precisam se importar com o que eles gostam e com o que é importante pra eles e assim conquistarão a afeição deles. Nós precisamos entender o mundo deles e eles nos amarão por isso. A importância dos pais para os filhos só vai se manifestar novamente quando eles próprios constituírem uma família. Não deixarão de amar os pais, pois estão apenas construindo o sentimento de autoafirmação.

 Portanto devemos demonstrar a cada adolescente o valor que ele tem e deixá-lo expressar seus sentimentos. Devemos ajudá-lo a tomar a decisão certa mostrando os prós e os contra, mas não devemos tomar as decisões por ele, para que ele possa amadurecer com as consequências de seus atos. O importante é respeitar o adolescente como ser humano, entender seus medos e sua autoafirmação, não levando a ferro e fogo tudo o que ele diz. Munir-se de paciência e discernimento sabendo que, se o adolescente se rebelar é porque algo está errado dentro dele e ele não está sabendo como resolver. Então ele fica na defensiva com medo de ser agredido. Mas retribuir com agressão não é a solução, ao contrário, pois a situação ficará insustentável. Os adultos que são mais maduros devem saber que as agressões não são pessoais a não ser que o adulto tenha dado motivo desrespeitando o jovem. Respeitar o jovem é não agredir verbalmente e dar espaço para que ele possa se expressar evitando os conflitos. Se não os deixarmos falar eles vão sufocar e então começa a contenda. Nós já passamos por isso e temos que entendê-los e ter paciência. Quanto mais formos contra, mais a situação tende a piorar: os ânimos se abatem e os relacionamentos são comprometidos. Não é isto que nós queremos: se pretendemos ter menos trabalho com o adolescente, devemos ajudá-lo a passar por esta fase. Ajudar um adolescente é entendê-lo, ouvi-lo e amá-lo pelo o que ele é e não pelo que ele faz. Fazer coisas erradas faz parte do amadurecimento. Ajudá-los a lidar com os erros e melhorar através deles é o nosso dever como pais, professores e sociedade.

 Abraço carinhoso,
Jocelyne Forrat - Preletora sobre Educação de Filhos - Para Novas Gerações Abençoadas e Libertas!
PROJETO "O Que é Que eu Faço com Meu Filho?" projeto.filhos@yahoo.com.br / jocelyneforrat@gmail.com

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